Ha muito ele se foi, mais quem de nós não se lembra de André o Rabequeiro? Que animavam-nos quando crianças nas ruas do centro da cidade com sua Rabeca encantada tocando modinhas de carnaval e musicas folclóricas para a alegria de todos.
Mais como é de praxe em nossos Governos nossos Artistas sem nenhuma intenção nem tão pouco pretensão se tornara invisíveis e esquecíveis com o passar dos tempos e André Rabequeiro ficara só na lembrança de criança de nós adultos.
ANDRÉ E A RABECA QUE ENCANTAVA HOMENS E MENINOS
André, nosso velho e rabequeiro André,
passou a vida a tocar sua tristeza
pois poucas vezes o via sorrir,
mas sua rabeca sorria por ele,
nas canções de alegrias sem o perceber André sorria,
sorria quase parecendo se ferir,
pois alegrava aqueles que tinham o porque sorrir...
Quando criança muitas vezes o vi tocar
meus olhos paravam em seu semblante de tocador viajante
porque pra mim André não tinha família, não tinha casa
era como se fosse um passarinho que cantava após sair do ninho
André nos alegrava,
e nós meninos empolgados dançávamos
embalados pelas lindas músicas de André.
Hoje as ruas do centro da cidade
os meninos perambulam,
os transeuntes passam com os olhares atentos a procura de André
a procura da mais harmônica melodia
as calçadas reduto dos shows de André,
tornaram-se mais largas,
deixaram de ser palcos
para se tornarem na verdade simples calçadas.
Mais André partiu,
tal qual como apareceu,
sem rastos,
sem som,
sem nenhuma melodia em seu nome
sua rabeca silenciosamente foi-se indo...
e como num encanto
desencantado André se foi...
Tenho dito,
Beto Nazário
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