GARDENIA, O AMOR CUJO O BECO ESQUECEU

SIMPLESMENTE GARDÊNIA

Figura massa, aculturada para alguns, e celebridade para outros do centro da cidade.

Confundia-se naturalmente com a beleza dos becos, e o talento dos boêmios.

Figura efêmera, cuja beleza foi para poucos,

mas sua gentileza foi para muitos.

Por ser gentil, muitas vezes confundida, destratada,

pois, Gardênia era um emaranhado de Plebeia, com um toque gracioso de uma Princesa.

Sempre muito simples, esquecia-se de ser vaidosa,

onde, outrora as princesas mantinham a pose, Gardênia preferia os risos.

Junto aos bebuns, encontrava seu eu, eles a entendia, era a Geni, na sua melodia, Gardênia Lucia bailava,

deslizava, aplaudida por seus inlúcidos amigos e amantes.

E entre um boêmio e outro, perambulantes do beco das lamas,

Ela virou seu centro,

Derramou seu pranto,

Esqueceu, do manto, da costela quente que a cobria,

E com o frio, da noite sombria, dormiu,

E nunca mais foi vista.

Passando a ser, a foto narcisista

Dos que se amam, apenas pela vontade de amar...

Assim, foi-se-indo Gardênia...

Linda, amada, porém equivocada, 
mas, decidida a ser feliz...

Tenho dito,

Beto Nazário